7º Dia - Os livros escritos

      "A Inglaterra tem dois livros: A Bíblia e Shakespeare. A Inglaterra fez Shakespeare, mas a Bíblia fez a Inglaterra"   (Victor Hugo)

Ontem nós vimos que a Bíblia é a Palavra de Deus, inspirada por Ele e é a única fonte de autoridade sobre nossa fé. Agora vamos  estudar um pouco sobre os livros apócrifos. O que eles são? O que a Bíblia tem a ver com eles?

A palavra grega "Apócrifo" significa "Escondido" ou "Duvidoso" e foi usada para nomear os livros religiosos que  alguns diziam ser inspirados por Deus e outros diziam não ser. Ficou a dúvida: "Como é, são inspirados ou não? ", e por esta razão passaram a ser chamados de "Duvidosos" ou "Apócrifos".

A maioria dos apócrifos foi escrita  depois de 400 aC., ou seja, no período que chamamos de "400 anos de silêncio profético". Foi a época em que depois de ter sido escrito o último livro do Antigo Testamento, Deus simplesmente parou de falar com seus profetas e por isso nenhum livro inspirado foi escrito neste período.

Os judeus e os primeiros cristãos não aceitaram estes livros como parte do AT por considerarem os mesmos não inspirados e por encontrarem nestes livros doutrinas que contradizem o resto da Bíblia. A Igreja Romana, porém, os aceitou  no Concílio de Trento, uma reunião de líderes religiosos feita em 1546 com o objetivo de rebater a Reforma Protestante. A igreja evangélica também não reconhece estes livros como sendo inspirados por Deus, pelas razões que citamos a seguir:

1. OS APÓCRIFOS NÃO ESTÃO DE ACORDO COM A BÍBLIA

            Os livros apócrifos contém ensinamentos contrários à Bíblia, por exemplo: A) oração pelos mortos (2 Macabeus 12:42-45), o que é contrário a Deuteronômio 18:11; Isaías 8:19 e Hebreus 9:27; B) feitiçaria e misticismo; Tobias conta que um anjo lhe falou que o fígado ou coração de peixe queimado espanta demônios, o que é contrário ao que a Bíblia diz em Mt 8:16; Mc 1:25; At 16:18, onde se fala que os demônios são expulsos pela autoridade de Jesus.

 

2. OS APÓCRIFOS FORAM ESCRITOS NO PERÍODO DE SILÊNCIO

            Quando o último livro do AT foi escrito, Deus simplesmente “calou-se”. Começaram, então, os 400 anos de silêncio. Por esta razão nenhum livro inspirado foi escrito neste período. Passaram-se 400 anos até vir outro profeta que foi João Batista, o qual inaugurou o período dos profetas no Novo Testamento.

 

3. OS APÓCRIFOS NÃO FORAM ACEITOS PELA IGREJA

            Os apóstolos não citaram os livros apócrifos em seus livros e quando citaram algum livro que não fosse da Bíblia citaram sem dar a estes autoridade divina. Os sucessores dos apóstolos, como Jerônimo (um dos maiores especialistas em Antigo Testamento da época), Atanásio (grande defensor da divindade de Cristo) e outros também não os aceitaram. Os  crentes da Reforma Protestante (Calvino, Lutero, Zwinglio, etc) igualmente não reconheceram estes livros como inspirados. E a igreja evangélica hoje também não os aceita.

 

Por fim, a própria Bíblia diz o seguinte sobre os livros apócrifos: "Mas ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema" (Gl 1:8; ver também Ap 22:18,19 e Dt 4:2).

 

 PARA REFLETIR

A Bíblia está completa. Só existem 66 livros inspirados por Deus. Pode alguém hoje escrever um livro e dizer que é inspirado por Deus e acrescentá-lo à Bíblia? O que a Bíblia fala sobre isso? (Ap 22:18,19)

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