EXISTIMOS PRA ADORAR!

24/04/2012 11:03

Há muitas questões que envolvem a discussão sobre a existência humana. Este tema já foi alvo de especulação filosófica, popular, científica e religiosa de muitos homens que por aqui passaram. Há, no entanto, um consenso entre todas as áreas do conhecimento: o homem é dotado de espiritualidade e como tal prestar culto é uma necessidade inerente ao seu ser. Em outras palavras, existimos pra adorar!
O diálogo de Jesus com a mulher samaritana nos revela muito daquilo que significa ser um verdadeiro adorador. Aliás, o registro do evangelista nos estimula apensar sobre a veracidade de nossa adoração; colocando-nos frente a frente com nosso estilo de vida.
De acordo com esse diálogo, há três características que compõem o perfil do verdadeiro adorador: em primeiro lugar, o verdadeiro adorador alimenta o relacionamento espiritual com Deus. Para a mulher samaritana, havia muitas dúvidas sobre onde e como adorar. Ela tinha crescido ouvindo informações que só complicavam as coisas a este respeito, mas, Jesus foi enfático: "... Deus é espírito; e importa que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade". Não há muita diferença disso para nossos dias. Muito se tem dito a cerca de onde e de como adorar ao Senhor, mas, só uma coisa é certa: Deus procura adoradores que se proponham a manter um relacionamento com Ele que vai além das estruturas religiosas; um relacionamento que ultrapassa os momentos de louvor ou de pregação da Palavra nas reuniões semanais de nossas paróquias;um relacionamento que diz mais que as palavras que usamos para definir nossa fé, assim, Ele procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade. Em segundo lugar, o verdadeiro adorador não se prende aos conceitos pré-concebidos. Quando os discípulos chegaram e viram Jesus conversando com aquela mulher, logo se admiraram. A admiração não era positiva, mas preconceituosa. Os judeus não se permitiam a um relacionamento com uma pessoa samaritana, ainda mais se essa fosse do gênero feminino. Outra vez Jesus agiu pedagogicamente. Ele nos ensina, com esta atitude, que se quisermos nutrir um estilo de vida tal como o de um verdadeiro adorador, precisamos nos desprender de alguns rudimentos presentes na estrutura de nossa fé. Existem algumas pessoas que estão tão presas a seus conceitos de vida (cristã) que não conseguem desenvolver uma vida de adoração; na maioria das vezes frequenta as atividades da igreja de Cristo e não conhece, pessoalmente, o Cristo da igreja. Em terceiro e último lugar, o verdadeiro adorador não se limita às suas necessidades pessoais. O evangelista diz que, "quanto à mulher, deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens..." o que lhe acontecera. É-nos evidente que a água é uma necessidade vital pra nossa vida. Podemos viver um bom tempo sem nos alimentar, mas o mesmo não acontece com a falta de água. Buscar água, para aquela mulher, parecia ser uma atividade cansativa e constante; talvez por isso tenha se entusiasmado com a possibilidade de beber de uma água que jorrasse em seu interior. Quando, no entanto, compreendeu o que lhe propunha Jesus, nem o mais precioso líquido pareceu tão importante. O que acontece quando temos a experiência de conhecer Jesus, aconteceu a ela: correu e falou para outros sobre tudo que lhe havia acontecido. O verdadeiro adorador passa a cultivar valores diferentes daqueles dantes tão importantes e os leva a outros. 
Hoje, em quaresma, permita-se alimentar um relacionamento espiritual com o Pai a ponto de ser achado como verdadeiro adorador e livre dos preconceitos que um dia incutiram em sua mente, levar outras pessoas à fantástica proposta de ter um estilo de vida que agrada a Deus e garante uma existência de adoração, afinal, todos nós fomos feitos pra adorar!

Rev. Josean Silva educacaoepobreza.blogspot.com.br/

 

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