Três mulheres, três atitudes.

28/06/2012 19:09

 

Rute 1-14,20

       A história narrada no texto bíblico começa com uma família e um grande desastre. Noemi era casada com Elimeleque, do casal nasceram dois filhos Malom e Quiliom. Naturais de Belém uma cidade ao Sul do pequeno país de Israel. Naquele tempo uma grande seca atingiu o país e foram se refugiar na terra de Moabe. Um lugar estranho, idioma desconhecido, cultura estrangeira e muitas dificuldades a enfrentar.

       Malom e Quiliom casaram-se com moabitas, elas se chamavam Orfa e Rute. O pior aconteceu, todos os homens daquela casa morreram. Restaram apenas as três mulheres: Noemi, Orfa e Rute. Nada lhes era favorável, pois naquele tempo não havia mercado de trabalho para mulheres, nem seguro social, muito menos sustento financeiro para o trio.

      Diante da enorme dificuldade Noemi pensou uma solução, despedir as suas noras para que voltassem à casa de seus pais e tentassem novo casamento. Enquanto ela regressaria para sua terra natal. A Bíblia nos fala como foi a conversa, as noras choraram porque não queriam deixar a sogra, mas de tanto insistir atitudes foram tomadas.

      Exatamente sobre estas atitudes quero refletir com você, mulher. Diante das dificuldades e sofrimentos da vida pelo menos três decisões são assumidas e elas estão representadas neste trio feminino.

         A primeira delas é a de Orfa que apesar de demonstrar apego à sua sogra, voltou para casa paterna (v.14 e 15), abandonou sua atual família na fase mais difícil de todas. Ela representa aquelas que abandonam o barco quando estão a afundar. Ela é daquelas para quem o que importa é salvar a própria pele. Estão presentes e são companheiras, mas nos momentos felizes e de bonança. Orfa desistiu e voltou pra trás e nunca mais ouvimos falar dela, entrou no anonimato na história, ficou esquecida. O último ato dela lembrado foi sua desistência. E você? Qual seria a última lembrança que gostaria que tivessem a seu respeito?

         A segunda é Noemi, representante daquelas que sofrem e retém o pior da vida – a amargura (v. 19, 20 e 21). Estas não desistem, seguem até o fim, porém, muito ressentidas tentam afastar de si todo mundo (v. 10 e 11). Noemi significa “agradável”, “doce”, porém, quando as suas amigas em Belém lhe chamaram pelo nome ela respondeu: “não me chamem Noemi, porém, Mara que quer dizer amarga”. Você conhece alguém assim amargurada com a vida? Alguém que só reclama e vê defeito em tudo? Ninguém suporta viver ao lado de alguém tão áspera. Mulheres assim são muito fortes e capazes, contudo, infelizes. Como as pessoas podem chamar você, Noemi ou Mara?

          A terceira é Rute, ela não é exemplo de mulher prefeita ou ideal. Sabe por quê? Porque não existem pessoas perfeitas. Ela é exemplo de comprometimento. Rute se comprometera com a causa, com a família. Leia sua resposta a Noemi (v.16 e 17). Ela é do tipo que não abandona o barco, que não arreda o pé em meio ao problema. É aquele tipo de mulher com quem se pode contar pro que der e vier. Suas adversidades só aumentaram em prosseguir adiante com Noemi, porém, no final Deus a recompensou. Ela se casou novamente e foi mãe do avô do rei Davi, ou seja, através de sua descendência nasceu Nosso Senhor Jesus Cristo. Seu nome se perpetuou na história e como modelo de fé para todas as mulheres do mundo.

       Com qual destas mulheres você se parece? Qual destas atitudes tem sido a mais comum na sua vida? Você tem a liberdade de escolher a atitude a ser tomada no seu lar. Lembre-se, a decisão mais fácil nem sempre é a melhor. A decisão correta será sempre recompensada por Deus. Faça deste chá de mulheres um momento de reflexão e posicionamento ao lado de Deus e de sua família. Se você precisar de ajuda ou quer alguma orientação procure uma das irmãs da organização. Teremos o maior prazer em ser útil.

          

+Revmo. Dom Raniere Campos
Bispo da Diocese do Sertão

 

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